quinta-feira, 24 de junho de 2010

Agenda Cultural JULHO/2010 - SESC Santa Cruz

De 07 à 31 de julho
Exposição VII concurso SESC de Fotografias - O Verão no Rio Grande do Sul
Artista(s): mostra coletiva
O SESC dá seqüência a um projeto de registrar imagens que representam as estações do ano, tão bem caracterizadas em nosso Estado, nessa edição: o verão. 1º Lugar na categoria Comerciário para Rudinei Kopp de Santa Cruz do Sul e na categoria Amador para Lourdes Hulber, de Santa Cruz.
Local: Bloco 1 da UNISC (Av. Independência, 2293)
Entrada franca

Dia 05 de julho – Segunda-feira
Para Luis Melo
Direção Marcos Damaceno Cia de Teatro (PR)
TEATRO ADULTO – 2ª etapa do Palco Giratório SESC em Parceria com UNISC
Uma mulher, que em um jantar artístico, em homenagem ao famoso ator do Teatro Nacional e que faz até telenovela, percebe que está, na verdade, numa reunião de talentos medíocres. Arrependida de ter aceitado o convite, e enquanto espera o famoso ator, que nunca chega, ela reflete sobre sua vida e o meio que a cerca, sob a lembrança de uma grande amiga de todos enterrada naquele mesmo dia.
Texto e direção: Marcos Damaceno
Elenco: Rosana Stavis
Classificação etária: 15 anos
Duração: 80 min
Horário: 20 hs
Local: Auditório UNISC (Av. Independência, 2293)
Ingressos: 1 quilo de alimento não perecível para Programa Mesa Brasil

Dia 07 de julho – Quarta-feira
Quarteto de Brasília - DF
A obra de Cláudio Santoro e Guerra-Peixe – Projeto Sonora Brasil SESC/RS
Local: Escola Educar-se – UNISC (Av. Independência, 2293)
Horario: 15 hs
Ingressos: Espetáculo com entrada franca
Sobre CLAUDIO SANTORO:
Claudio Franco de Sá Santoro foi um compositor e maestro brasileiro. Nascido em Manaus, ainda menino começou a estudar violino e piano, e seu empenho fez com que o Governo do Amazonas o mandasse estudar no Rio de Janeiro. Aos 18 anos, já era professor adjunto da cátedra de violino do Conservatório de Música do Rio de Janeiro. Em 1941 passou a estudar com Hans-Joachim Koellreutter, integrando também o grupo Música Viva, do qual se tornou um dos nomes mais ativos, ao lado de Guerra Peixe). Passou a adotar o (dodecafonismo) como técnica de composição, sendo um dos mais radicais críticos do meio musical brasileiro.
Em 1948 teve recusado seu visto para ir aos EUA como bolsista, devido à sua militância no PCB. Como segunda opção, foi a Paris para estudar com Nádia Boulanger. Durante sua estadia na Europa, participou, como delegado brasileiro, do II Congresso Mundial dos Compositores Progressistas em Praga, na então Tchekoslováquia. Neste congresso foi apresentada oficialmente a doutrina soviética do Realismo Socialista aplicada à música, da qual Santoro passou a ser praticante, defensor e divulgador no Brasil. Já bastante conhecido, recebeu um prêmio da Fundação Lili Boulanger, em Boston. Entre os avaliadores estavam os compositores Igor Stravinski e Aaron Copland. Claudio Santoro foi professor fundador do Deptº de Música da UnB (Universidade de Brasília). Faleceu em 1989, época em que exercia o posto de Regente Titular da Orquestra do Teatro Nacional de Brasília, atualmente a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro.
Sobre GUERRA-PEIXE:
Filho de imigrantes portugueses de origem cigana, aos 9 anos já tocava violão, bandolim, violino e piano. Viajava muito com a família pelo interior do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, assistindo freqüentemente a grupos folclóricos, o que marcou muito sua infância. Estudou violino com o professor Gao Omacht, na Escola de Música Santa Cecília, e teve aulas particulares de violino e piano com Paulina d’Ambrósio. Com apenas cinco anos de estudo, obteve a medalha de ouro oferecida pela Associação Petropolitana de Letras. Após prestar concurso para ingressar na Escola Nacional de Música, obtendo o primeiro lugar, Guerra Peixe transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde, para sobreviver, passou a trabalhar como músico em orquestras de salão que tocavam em confeitarias e bares, além de integrar um trio alemão que se apresentava na Taberna da Glória. Na Escola de Música, fez os cursos de harmonia elementar, com Arnaud Gouveia, e de conjunto de câmara, com Orlando Frederico. Nesta época, começou a trabalhar como arranjador para alguns cantores e gravadoras. Depois de ler Ensaio sobre a Música Brasileira, de Mário de Andrade, Guerra Peixe mudou seu conceito de composição. "Depois de ter lido Mário, comecei a compor com mais consciência…". Em 1943, ingressou no Escola Nacional de Música, para se aperfeiçoar em contraponto, fuga e composição, tornando-se o primeiro aluno a concluir o curso de composição do Conservatório.
Em 1944, terminado o curso, Guerra Peixe, ansioso por conhecer as novidades no campo da música, entrou em contato com o professor Koellreutter. Suas peças eram, até então, compostas dentro do modelo clássico com melodia brasileira, sendo a Suíte infantil n.º 1 para piano a expressão maior desse período. Guerra Peixe decidiu destruir todas as obras compostas anteriormente, passando a adotar a técnica dodecafônica. Na primeira fase da concepção dodecafônica, sua primeira composição, Sonatina para flauta e clarinete, foi intencionalmente antinacionalista. Compôs também a obra Noneto, interpretada por Hermann Scherchen em diversos centros europeus. Nessa época, participava do grupo Música Viva, com Cláudio Santoro, Edino Krieger e Eunice Katunda.
Depois de compor uma obra em que todas as características dodecafônicas se realizam alheias aos valores musicais brasileiros, Música n.º 1 para piano e solo, suas obras seguintes acentuaram a intenção de nacionalizar os 12 sons, como a Sinfonia n.º 1 para pequena orquestra, executada pela BBC de Londres, o 1º quarteto de cordas, as Miniaturas para piano. A peça Trio de Cordas foi um marco na pesquisa da dodecafonia, no sentido de conferir-lhe tons nacionais. Composta em 1945, nota-se, no segundo movimento (andante), um desprendimento no manejo da técnica dos doze sons. A fase dodecafônica encerrou-se em 1949 com a Suíte para flauta e clarinete.
Entre 1948 e 1950 trabalhou como arranjador na Rádio Jornal em Recife. A decisão de aceitar um trabalho na região nordeste foi tomada com o objetivo de conhecer melhor o folclore nordestino. Suas pesquisas musicais foram anotadas em cadernos, com várias melodias sendo utilizadas em obras compostas na década de 1950.
Parte do resultado das pesquisas foi publicada em 1955, sob o título Maracatus do Recife (editado pela Ricordi).
Guerra Peixe passou a conhecer o folclore brasileiro como poucos, ganhando sua música uma nova dimensão a partir do estudo de ritmos nordestinos como o maracatu, coco, xangô, frevo. O compositor descobriu que os passos do frevo foram trazidos por ciganos de origem eslava e espanhola, e não por negros africanos, como se pensava até então.
" Durante 3 anos me meti nos xangôs, maracatus, viajei para o interior, recolhi músicas de rezas para defunto, da banda de pífanos…"
Em 1960 compôs a sinfonia Brasília, conhecida como a obra mais importante de sua fase nacionalista.
Guerra Peixe compôs trilhas para os filmes Terra É sempre Terra e O Canto do Mar, sendo premiado em 1953 como melhor autor de música de cinema.
Também realizou trabalhos no campo da música popular brasileira, fazendo arranjos sinfônicos para músicas de Chico Buarque, Luiz Gonzaga e Tom Jobim.
Integrou a Orquestra Sinfônica Nacional como violonista e dedicou-se à carreira de professor, dando aulas de composição na Escola de Música Villa-Lobos, e de orquestração e composição, na Universidade Federal de Minas Gerais. Ali, durante toda a década de 1980 até a sua morte, Guerra-Peixe formou um grupo de músicos que ficou conhecido então como "Escola Mineira de Composição" e que reunia os nomes de Gilberto Carvalho, Nélson Salomé, Lucas Raposo, João Francisco de Paula Gelape, Sérgio Canedo, Marden Maluf, Alina Paixão Sidney, Clarisse Mourão, Felix Down Gonzalez e Dino Nugent Cole, entre outros. Nélson Salomé, talvez o discípulo mais diretamente ligado ao mestre, prepara o lançamento, para 2009, de um livro sobre o período.
Na sua fase de maturidade artística, compôs Tributo a Portinari, confirmando seu incomparável domínio de orquestração. Poucos compositores conseguiram, como ele, atingir uma versatilidade e uma admirável concisão de linguagem, buscando na simplicidade a sua arma mais eficaz.

Dia 28 de julho – Quarta-feira
Projeto “LÁ NO CAMARIM”
ESPETÁCULO MUSICAL
Tem o objetivo de divulgar, promover e apoiar a produção e difusão da música autoral santacruzense. É uma parceria do Sesc Santa Cruz do Sul e Departamento Municipal de Cultura, com a proposta de colocar em evidência, de modo especial, a música autoral local, incentivando trabalhos individuais e em grupo.
28/07 – Lá no Camarim
Duração: 60 min
Horário: 20 hs
Local: Teatro Espaço Camarim (Rua Mal. Floriano, 332)
Ingresso: 01 kg de alimento não-perecível para o Mesa Brasil SESC/RS


Dia 29 de Julho – Quinta-feira
O vendedor de palavras
Grupo Motototi (RS) – Projeto SESC Rio Grande no Palco
Em cena a história de Milho, um amante dos livros que sonha em fazer com que as pessoas leiam por elas mesmas. Ele se dá conta de que há uma grande falta de palavras no mundo, e por isso as pessoas ficam repetindo as poucas que têm. E, se cada palavra equivale a um pensamento novo ele poderia se tornar um vendedor de palavras, e fazer com que as pessoas pensem mais e melhor. Na trama também estão os avós de milho, Adam, um senhor inglês que vive em conflitos com Odete, a avó alemã. O sotaque carregado do casal é garantia do humor próprio do teatro popular, feito para a rua. Acima de tudo uma história de amor, às pessoas, às palavras e aos livros.
Elenco: Carlos Alexandre Silva de Carvalho, Fernanda Beppler da Silva
Direção: Arlete Cunha
Duração: 50 min
Classificação etária: livre
Horário: 19:30
Local: Clube Taquari – Rio Pardo/RS
Ingressos: Atração especial para o Seminário de Rio Pardo

Dia 30 de julho – Sexta-feira
Francisco forro y frevo – com Chico César
Projeto SESC Música em parceria com UNISC
O cantor e compositor mergulha no espírito duas principais festas populares nordestinas para criar um disco alegre em que o foco encontra-se na força dos ritmos que animam essas festas: o frevo e o forró. E ainda no diálogo que esses ritmos têm naturalmente com bits universais. Um disco leve para tocar nas ruas e nas pistas, com forte apelo regional e internacional. Para levantar a poeira e o astral, inspirado no saudável estado de espírito com o qual o povo nordestino encara e faz suas festas.
Horário: 20 hs
Local: Auditório UNISC (Av. Independência, 2293)
Ingressos: no SESC (R. Ernesto Alves, 1042), UNISC e Iluminura Livraria e Cafeteria (R. Borges de Medeiros, 471 - R$ 5,00 comerciários (com cartão SESC), R$ 24,00 estudantes, idosos e sócios da Pró-Cultura, R$ 38,00 para empresários e R$ 48,00 (público em geral) .